Colesterol Total e Frações (LDL, HDL, VLDL) Tatuí SP

Colesterol Total e Frações: Entenda os Níveis de LDL, HDL e VLDL e Seus Riscos à Saúde
O colesterol sanguíneo é uma molécula gordurosa necessária para diversas funções vitais do corpo, participando da estruturação das células, síntese hormonal e produção de vitamina D. No entanto, quando está em desequilíbrio, o colesterol pode se tornar um perigo oculto à saúde e contribuir para doenças cardiovasculares graves, como ataque cardíaco, AVC isquêmico e aterosclerose. O análise de colesterol fracionado é uma forma precisa utilizada na medicina preventiva para avaliar o sistema cardiovascular e indicar mudanças no estilo de vida. Por meio desse exame, é possível avaliar com exatidão as diferentes frações lipídicas que estão presentes no sangue: fração LDL, HDL (lipoproteína de alta densidade) e colesterol VLDL.
O valor do colesterol total representa a combinação de todas as partes do colesterol presentes na circulação. No entanto, essa avaliação isolada não é suficiente para definir o risco cardiovascular. Por isso, é essencial interpretar cada fração separadamente. O colesterol LDL, conhecido por contribuir para a obstrução arterial, é a lipoproteína que leva o colesterol para as células. Quando seus níveis estão altos, o LDL tende a se depositar nas paredes arteriais, favorecendo o desenvolvimento da endurecimento das artérias. Esse estreitamento dos vasos pode diminuir a irrigação dos órgãos e causar complicações sérias. Por isso, manter níveis baixos de LDL é uma meta importante no tratamento de dislipidemias, sobretudo em pacientes com hipertensão arterial.
Já o “colesterol bom” exerce uma ação benéfica no organismo. Ele remove o excesso de colesterol das artérias, onde será processado. Boa concentração de HDL estão associados a proteção contra infartos e AVC. Por isso, é desejável que essa fração esteja sempre acima dos valores mínimos. Exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada com gorduras boas, como oleaginosas, além da cessação do tabagismo, são estratégias eficazes para potencializar o colesterol bom de forma natural.
A fração lipoproteína de densidade muito baixa, apesar de menos falada, possui grande valor diagnóstico. Essa lipoproteína é responsável por distribuir lipídios no organismo e, quando fora dos padrões, está frequentemente associada a síndrome metabólica, acúmulo de gordura abdominal, e alterações glicêmicas. O excesso de VLDL favorece a piora do perfil lipídico e pode prejudicar a fração HDL, agravando ainda mais o perfil de saúde do paciente. Por isso, a avaliação dessa fração é essencial no acompanhamento de pessoas com alto risco metabólico.
A análise do colesterol total com suas frações é realizado a partir de uma simples coleta de sangue, com recomendação de jejum entre 8 e 12 horas. No entanto, recomendações mais recentes já flexibilizam essa exigência, sobretudo em avaliações preventivas de pessoas saudáveis. Mesmo assim, para exames que analisam triglicerídeos, o jejum segue sendo necessário. O relatório clínico aponta os níveis recomendados para cada fração, auxiliando o profissional na comparação entre os dados obtidos e os padrões desejáveis. Ressalta-se que esses limites não são absolutos e dependem de fatores clínicos individuais. Indivíduos saudáveis devem manter o LDL abaixo de 130 mg/dL, ao passo que quem possui doença cardiovascular deve mirar níveis inferiores a 55 mg/dL, segundo as recomendações da SBC mais recentes.
A interpretação dos resultados deve ser feita sempre por um profissional capacitado, pois o perfil lipídico isolado não deve ser o único critério para diagnóstico ou decisão terapêutica. Aspectos como idade, gênero, IMC, pressão sanguínea, glicemia e hereditariedade devem ser levados em consideração para uma avaliação global do risco cardiovascular. Ferramentas como o escore de risco europeu SCORE ou o modelo de Framingham contribui para indicar o momento adequado de prescrever medicamentos como estatinas.
Tratar dislipidemias exige tanto ações no cotidiano quanto, em muitos casos, remédios que comprovadamente reduzem riscos cardíacos. Alimentações equilibradas, com enfoque em fibras e controle de gordura saturada e açúcar, são fortemente recomendadas, são altamente recomendadas. A atividade física regular, especialmente exercícios aeróbicos, também exerce impacto positivo nos níveis de colesterol, e ainda traz inúmeros ganhos à saúde do coração e dos vasos. Quando essas medidas não são suficientes para controlar os níveis de LDL, o médico pode prescrever fármacos como estatinas ou medicamentos biológicos avançados, sempre com acompanhamento médico rigoroso.
A educação em saúde desempenha um papel essencial na adesão ao tratamento e na prevenção das doenças associadas ao colesterol elevado. Muitos pacientes desconhecem que o desequilíbrio lipídico não causa sintomas perceptíveis, sendo descoberto apenas por meio de exames laboratoriais. Por isso, realizar check-ups periódicos é fundamental, especialmente a partir dos 35 anos para homens e 45 anos para mulheres, podendo ser antecipado em pessoas com histórico familiar ou doenças crônicas.
O controle do colesterol não é apenas uma questão estética ou de números em uma folha de papel: significa investir na saúde do coração, do cérebro e na longevidade com qualidade. Com conhecimento, orientação profissional e comprometimento com hábitos saudáveis, torna-se viável regular todas as frações do colesterol, evitando complicações graves que agem de forma silenciosa.